Após decisão do STF, aliados avaliam que resta a Bolsonaro a função de cabo eleitoral em 2026
- mais jaboatao
- 27 de abr.
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O objetivo da mobilização é viabilizar o ex-presidente como grande cabo eleitoral na eleição presidencial de 2026

Do G1/ Blog do Valdo Cruz
Foto: Reprodução/Facebook/Jair Messias Bolsonaro
Depois da decisão da Primeira Turma do STF que transformou em réus mais seis envolvidos no planejamento de um golpe no país, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro avaliam que ele não escapará de algum tipo de condenação e permanecerá inelegível. Diante desse cenário, não resta outra saída que não seja a de manter apoiadores mobilizados. O objetivo da mobilização é viabilizar o ex-presidente como grande cabo eleitoral na eleição presidencial de 2026.
Apesar de insistirem na tentativa de votar o projeto da anistia, eles reconhecem que esse caminho tende a ser longo, e que dificilmente passará pela Câmara dos Deputados. Se passar na Câmara, não deve prosperar no Senado. Se for à frente, será vetado por Lula. Se o veto cair, o STF vai julgar o projeto inconstitucional.
No STF, a condenação de Bolsonaro e seus ex-assessores é dada como certa. A única esperança é que o ex-presidente escape de algumas imputações entre todos os cinco crimes atribuídos a ele na denúncia do procurador-geral da República, Paulo Gonet.
O político do PL é réu por formação de organização criminosa, tentativa de golpe, atentado violento contra o Estado Democrático de Direito, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. Os aliados de Bolsonaro destacam ainda que os partidos do Centrão não têm interesse em derrubar a inelegibilidade do ex-presidente.
Eles preferem ter Bolsonaro como um grande cabo eleitoral em 2026 e devem disputar o seu apoio no próximo ano. O risco é uma divisão no campo da direita, principalmente diante da grande possibilidade de o ex-presidente insistir em que alguém de sua família seja o candidato a presidente da República: Michelle Bolsonaro ou o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
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