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Fevereiro Laranja conscientiza a população sobre a Leucemia

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    mais jaboatao
  • 17 de fev.
  • 3 min de leitura

Dados do Inca revelam que, no triênio 2023-2025, cerca de 11.540 pessoas devem entrar na lista de pacientes com a doença

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Foto: Divulgação


No calendário nacional da saúde, o mês de fevereiro é dedicado à conscientização sobre a leucemia, câncer que afeta as células do sangue, especificamente os glóbulos brancos, que fazem parte do sistema imunológico. O movimento conhecido como Fevereiro Laranja reforça a importância da solidariedade e da prevenção para combater a doença. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) revelam que, no triênio 2023-2025, cerca de 11.540 pessoas devem entrar na lista de pacientes com leucemia. É uma projeção de 5,33 novos casos para cada 100 mil habitantes.


A médica especialista em Programa da Saúde da Família Cassandra Andrade, professora da Afya Faculdade de Ciências Médicas de Jaboatão, em Piedade, explica que a leucemia se desenvolve na medula óssea, onde as células do sangue são produzidas e pode comprometer sua função, dificultando a defesa do organismo contra infecções. “Os tipos principais de leucemia são classificados com base na rapidez de progressão da doença (aguda ou crônica) e no tipo de célula afetada (mieloide ou linfoide”, informa.


Os fatores de risco variam conforme o tipo de leucemia. Mas alguns dos principais incluem fatores genéticos (histórico familiar de leucemia ou síndromes genéticas, como síndrome de down), exposição à radiação (radioterapia ou exposição excessiva à radiação ionizante - acidentes nucleares, por exemplo), exposição a substâncias químicas (benzeno e outros solventes químicos usados na indústria), tratamentos prévios para câncer (alguns tipos de quimioterapia podem aumentar o risco), tabagismo (relacionado a um maior risco de leucemia mieloide aguda) e distúrbios hematológicos pré-existentes (algumas doenças do sangue podem predispor à leucemia).


Os sintomas da leucemia podem ser inespecíficos e variar conforme o tipo da doença. Alguns sinais de alerta incluem: cansaço excessivo e fraqueza sem motivo aparente, infecções frequentes e febre persistente, sangramentos ou hematomas fáceis, sem trauma aparente, pele pálida devido à anemia, aumento dos gânglios linfáticos, do fígado ou do baço, suor noturno e perda de peso inexplicável. “Se esses sintomas forem persistentes, é essencial procurar um médico para uma investigação mais detalhada”, orienta ela.


O diagnóstico envolve vários exames, como o hemograma completo que pode mostrar alterações na contagem de glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas. A biópsia e aspirado de medula óssea confirmam a presença de células leucêmicas. E os testes genéticos e imunofenotipagem ajudam a classificar o tipo específico da leucemia.


O tratamento varia conforme o tipo e estágio da leucemia. As principais abordagens são: quimioterapia (uso de medicamentos para destruir as células cancerígenas), terapia-alvo (drogas específicas que atacam mutações genéticas nas células leucêmicas), imunoterapia (estimula o sistema imunológico a combater a doença), radioterapia (em casos específicos, para destruir células cancerígenas na medula óssea) e o transplante de medula óssea, que em alguns casos é a única chance de cura.


Transplante de medula óssea


O transplante de medula óssea é indicado em casos de leucemias agressivas ou quando os outros tratamentos não apresentam sucesso. Ele funciona substituindo a medula doente por células-tronco saudáveis de um doador compatível ou do próprio paciente. “A compatibilidade é difícil, por isso é fundamental ter um grande número de doadores cadastrados”, fala Cassandra Andrade.


O doador passa por testes para verificar a compatibilidade com um paciente. Se for compatível, a coleta pode ser feita de duas formas. A aspiração da medula óssea (procedimento em centro cirúrgico, com anestesia) ou coleta de células-tronco do sangue periférico, sem cirurgia, após uso de medicação para estimular a produção de células-tronco.


Para se cadastrar como doador, é necessário que a pessoa tenha entre 18 e 35 anos (para novos cadastros, mas pode doar até 60 anos), esteja em bom estado de saúde, não tenha doenças graves ou câncer prévio e realize um cadastro no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME). “A doação de medula óssea pode salvar vidas e é um ato de solidariedade essencial para pacientes com leucemia”, completa a professora da Afya Faculdade de Ciências Médicas de Jaboatão.

 

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