Segurança é tema de audiência pública realizada pela Câmara de Jaboatão com participação de autoridades e moradores

O encontro reuniu representantes do Legislativo, do Executivo, das forças policiais e da sociedade civil no plenário da Casa

Foto: Divulgação/Agência Black Mídia

A Câmara Municipal de Jaboatão dos Guararapes promoveu, nesta segunda-feira (16), uma audiência pública sobre segurança, atendendo ao Requerimento nº 1946/2025 de autoria da vereadora Rebecca Regnier (PSD). O encontro reuniu representantes do Legislativo, do Executivo, das forças policiais e da sociedade civil no plenário da Casa.

Participaram do encontro o secretário-executivo de Segurança Cidadã, coronel Fred Saraiva; o comandante do 6º Batalhão da Polícia Militar, o tenente-coronel Carlos Fernando de Souza Santos; membros da Guarda Municipal; além de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Corpo de Bombeiros, da empresa Liderança Tecnologia e diversos vereadores, entre eles Marlus Costa (PP) e Robinson Biro Biro (Avante).

Também estiveram presentes a ouvidora do Executivo municipal, Lorena Ventura; o delegado Roberto Wanderley, responsável pela seccional em Jaboatão dos Guararapes; e o delegado Lucas Tavares Fernandes, titular da Delegacia de Prazeres.

Ao abrir a sessão, Rebecca Regnier (PSD) destacou que a iniciativa nasceu “da escuta das pessoas, diante de relatos constantes de assaltos e arrombamentos em bairros como Candeias, Piedade e Barra de Jangada”. A parlamentar enfatizou que a população “não pode viver com medo” e defendeu a valorização de dados estatísticos como ferramenta de pressão por mais efetivo policial. “Se os dados não existem, não existe base para ação”, afirmou. Em sua fala, o secretário Saraiva reforçou esse ponto: “Os sistemas de segurança pública só funcionam com base no registro formal das ocorrências. Sem boletim de ocorrência, o caso não entra no banco de dados, e vira uma cifra negra”.

O vereador Marlus Costa (PP) compartilhou experiência pessoal, relatando um furto ocorrido próximo à sua residência. “A sensação de impunidade é total. A polícia prende, a audiência de custódia solta”, criticou. Já Robinson Biro Biro (Avante) defendeu melhorias na estrutura da Guarda Municipal e cobrou valorização da categoria: “Não é admissível que um profissional de segurança receba apenas R$ 14,40 de tíquete alimentação”.

Entre os munícipes, destacaram-se os apelos por mais policiamento noturno, melhoria na iluminação e instalação de câmeras integradas. “Hoje, o essencial da minha casa deixou de ser alimentação. Meu investimento é em segurança”, afirmou a comerciante Patrícia, moradora de Candeias.

Audiência pública é o instrumento previsto no Art. 99 do Regimento Interno da Câmara por meio do qual parlamentares ou comissões podem convocar o Executivo, entidades da sociedade civil e cidadãos para discutir temas de interesse coletivo. O formato permite à população apresentar questionamentos e sugestões diretamente aos representantes do poder público.