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Engorda da orla de Jaboatão gera debate entre vereadores sobre responsabilidade da gestão municipal e papel do Estado

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  • 8 de out.
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A vereadora Rebecca Regnier apresentou posição contrária à abordagem de Marlus Costa e criticou a falta de manutenção do litoral

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Foto: Divulgação/Agência Black Mídia


A retomada da engorda da orla de Jaboatão dos Guararapes gerou amplo debate entre os vereadores durante a 76ª Reunião Ordinária, realizada nesta quarta-feira (8), no plenário da Casa Vidal de Negreiros. O tema dividiu opiniões sobre a condução e a responsabilidade pela execução da obra, articulada entre o Governo do Estado e a Prefeitura. Enquanto alguns parlamentares destacaram o alcance ambiental e urbano do projeto, outros apontaram falhas de gestão e a ausência de manutenção ao longo dos anos.


O vereador Marlus Costa, dos Progressistas (PP), abriu as manifestações ressaltando o avanço das tratativas entre o prefeito Mano Medeiros e a governadora Raquel Lyra. “A confirmação da obra de manutenção da engorda da orla de Jaboatão dos Guararapes, que representa muito mais do que o investimento em infraestrutura. É um marco de responsabilidade ambiental, proteção à vida e o desenvolvimento urbano sustentável”, afirmou.


O parlamentar destacou que o projeto prevê nove estruturas rígidas e um novo aterro hidráulico que cobrirá 5,5 quilômetros de faixa litorânea entre Piedade, Candeias e Barra de Jangada, com investimento estimado em R$ 89,9 milhões.


Durante o pronunciamento, o vereador Belarmino Sousa, da Democracia Cristã (DC), pediu um aparte para reconhecer o valor da parceria institucional. “Eu quero lhe parabenizar, porque isso é verdade. Isso mostra, meu líder, quanto é difícil tocar uma cidade da dimensão de Jaboatão sem ter uma parceria com o Governo do Estado”, afirmou.

Na sequência, o vereador Nivaldo do Gás, também dos Progressistas (PP), reforçou a importância das ações estruturais e complementares na orla. “Conversei com o prefeito Mano Medeiros, e ele disse que a Prefeitura ia fazer oito banheiros em toda a orla de Jaboatão, entre Piedade, Candeias e Barra de Jangada. Também é preciso que a Prefeitura faça manutenção nos equipamentos, porque é muito importante essa praia para a nossa cidade.”


Oposição - A vereadora Rebecca Regnier, do Partido Social Democrático (PSD), apresentou posição contrária à abordagem de Marlus Costa e criticou a falta de manutenção do litoral. “Não venho para parabenizar o prefeito. Venho, na verdade, para discordar da fala dele, porque o tema da engorda da nossa orla foi um tema negligenciado por muitos e muitos anos”, afirmou. A parlamentar também lembrou que o atual prefeito ocupava o cargo de secretário de Infraestrutura na época da obra original. “Isso dá a ele mais responsabilidade ainda sobre o tema. Se não fosse a intervenção do Governo do Estado, nada estaria acontecendo”, acrescentou.


O vereador Henrique Metalúrgico, do Partido dos Trabalhadores (PT), apoiou o posicionamento da colega e reforçou a necessidade de responsabilização pública. “O processo de 2012, 2013 e 2015 — quando o Tribunal de Contas notificou a Prefeitura — foi marcado por negligência. Tivemos vários moradores e comerciantes que perderam seus espaços com o avanço do mar, para que o poder público finalmente tomasse uma decisão. Agora trago os parabéns, mas foi muito tarde. Esperamos, sim, que as coisas andem, porque é bom para todo mundo e para a população jaboatonense.”


Críticas - Encerrando o debate, o vereador Eneias Marcelo, do Partido Renovação Democrática (PRD), reagiu às críticas e lamentou o “esvaziamento” do plenário durante sua fala. “Há uma estratégia da oposição de não querer vir para o embate. É muito bom bater — é aquela oposição de internet, que bate, mas não quer vir para o debate, não quer escutar o contraditório. Isso é um desrespeito ao povo jaboatonense. É uma oposição covarde e medíocre, que não enfrenta e não vem para o debate”, declarou.


Além de criticar a ausência de parlamentares que haviam deixado o plenário, Eneias também argumentou sobre a complexidade técnica e financeira da engorda da orla, defendendo a gestão municipal. “Não é como fazer uma manutenção de uma via pública. Uma engorda dessa envolve tecnologia europeia, navio alugado da Holanda. Não é uma manutenção barata para se fazer de quatro em quatro anos. O investimento é alto e o trabalho exige planejamento e articulação com outras esferas de governo”, explicou.

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