Grupo de mulheres do Recife apresenta coleção inédita de moda feminina feita com tecidos reaproveitados
- mais jaboatao
- 1 de jul.
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Mostra com foco upcycling, faz parte do projeto “Fora do Eixo”, e acontece neste sábado (5/7), no Centro de Promoção dos Direitos da Mulher Marta Almeida, Bairro do Recife, a partir das 13h

Foto: Assessoria de Imprensa
Com o Brasil ocupando o posto de quarto maior produtor têxtil do mundo, o consumo de moda no país cresce a cada ano, mas também gera impactos ambientais preocupantes. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), mais de 170 mil toneladas de roupas são descartadas anualmente, muitas delas em lixões ou aterros sanitários. Em resposta a esse cenário, ganha força a moda upcycling, prática que transforma resíduos têxteis em peças novas e criativas, sem gerar novos descartes. Diante desse cenário, pensar alternativas sustentáveis tornou-se urgente, e é exatamente essa proposta que chega ao público do Recife neste sábado (5/7).
Um grupo de 15 mulheres da cidade e da Região Metropolitana apresenta ao público uma coleção inédita de moda feminina produzida com tecidos reaproveitados, em uma mostra gratuita no Centro de Promoção dos Direitos da Mulher Marta Almeida, localizado na Rua do Bom Jesus, nº 147, no bairro do Recife. A visitação começa às 14h e é aberta ao público.
“A mostra é o ponto culminante de um processo de aprendizado e transformação. Cada peça revela a força e a criatividade dessas mulheres, que agora também são autoras da sua própria trajetória na moda”, explica a idealizadora, especialista em moda sustentável e coordenadora do projeto, Kamila Nascimento.
A exposição integra o encerramento do projeto Fora do Eixo – Formação em Processos Criativos, Inovação e Sustentabilidade na Moda, que uniu capacitação profissional, consciência ambiental e protagonismo feminino. A iniciativa tem o incentivo da Secretaria de Cultura, Fundação de Cultura Cidade do Recife e Prefeitura do Recife, por meio da PNAB, Política Nacional Aldir Blanc.
Ao longo dos meses de maio e junho, as participantes passaram por oficinas práticas, mentorias, palestras com especialistas e desafios criativos, orientadas pelos princípios da moda circular e do upcycling — técnica que transforma materiais descartados em novos produtos, com maior valor agregado. Cada uma recebeu uma bolsa de R$ 1.500,00 como incentivo à produção autoral.
“Desde o início, conduzimos o projeto com foco na inclusão e na diversidade. Consideramos marcadores sociais como raça, gênero e deficiência no processo seletivo porque acreditamos que a moda pode e deve ser uma ferramenta de cidadania, representatividade e transformação social. O resultado é uma coleção potente, que carrega identidade cultural, sustentabilidade e inovação em cada peça”, finalizou.
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